Foto: Sidney Rochart |
Na sexta-feira, dia 6 de março, a cantora e compositora Juliana Ribeiro realiza a terceira e última edição da temporada de verão de "Preta Brasileira" no Largo Pedro Archanjo, Pelourinho, às 21 horas. Realizado dois dias antes da data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, o espetáculo pretende dar voz às mulheres negras através de uma proposta multiartística que reúne música, teatro e poesia com canções inéditas e outras que já fazem parte da trajetória da artista.
Para a cantora, o conceito idealizado para o show já é uma grande homenagem, pois “fala do lugar da mulher contemporânea, de seus desafios cotidianos e situações inusitadas que precisa enfrentar com jogo de cintura e irreverência”. “Preta brasileira é essa mulher que trabalha, é mãe e mesmo assim arranja tempo para se produzir, seduzir e fazer suas próprias escolhas”.
As convidadas do próximo show serão Ana Mametto, vocalista da Banda Mametto, que se propõe a fazer música sem rótulos, não abrindo mão da sua gênese musical. E Iracema Kiliane, atual vocalista do Ilê Aiyê , que vem deixando sua marca na história do Bloco.
No palco, os personagens de algumas músicas ganham vida, encenados pela artista e um parceiro das artes cênicas.
Nas edições anteriores, o convidado para este papel foi Pedro de Rosa Moraes. Já na última edição, o ator e diretor teatral Diogo Lopes Filho assume essa divertida tarefa de dar mais vida às canções através das representações teatrais. Já a poesia se mistura criando momentos de encantamento no show. Vinicius de Moraes, Paulo Leminski e Cecília Meirelles são os parceiros poéticos escolhidos pela cantora.
Projeções fotográficas de Gal Meirelles, doutora e antropóloga, integram a cenografia do espetáculo. A exposição ‘A Cor do Invisível’ desta vez traz uma representação do feminino através da figura das marisqueiras.
No repertório, Juliana traz quatro canções lançadas nesta temporada: a homônima “Preta Brasileira”, de sua autoria, “Canto de Olorum”, de Gerônimo, “Cantador do Sertão”, de Seu Reginaldo Souza, e “Rainha Ginga”, uma homenagem da artista à eterna Clementina de Jesus, em parceria com Lia Chaves. A canção “Preta Brasileira” fala de miscigenação racial e das inúmeras denominações para os tons de pele do brasileiro. A letra é sobre a mulher negra na atualidade, inspirada na própria vivência da artista.
Uma homenagem afetiva também marca a temporada da cantora. Neta de Herondino Joaquim Ribeiro, um dos 11 estivadores que fundaram o Afoxé Filhos de Gandhy, a cantora irá reverenciar os 66 anos de existência do grupo, revivendo laços familiares e contando as histórias que ouviu do seu avô.
Ficha Técnica
Direção artística e concepção: Juliana Ribeiro
Direção musical: Duarte Velloso e Ricardo Hardmann
Músicos: Luciano Chaves, Tedy Santana, André Tigana e Sérgio Müller
Participação teatral: Diogo Lopes Filho
Participações musicais: Ana Mametto e Iracema Kiliane
Serviço:
O quê: “Preta Brasileira”, de Juliana Ribeiro
Quando: 6 de março, 21h
Onde: Largo Pedro Archanjo - Pelourinho
Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
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